"Não posso evitar tocar as estátuas: desvio os olhos, e minha mão continua sozinha suas descobertas: pescoço, cabeça, nuca, ombros... Sensações afluem às pontas dos meus dedos." O Ateliê de Giacometti, Jean Genet, Cosac & Naif.
Jean Genet - Um Cativo Apaixonado - Romance autobiográfico.
Não pense que é uma leitura fácil, mas você vai se sentir um verdadeiro cativo apaixonado das viagens ao Oriente Médio do escritor teatrólogo Jean Genet, nascido em Paris em 1910. Abandonado por sua mãe, foi recolhido pela assistência pública. Muito jovem começou a roubar e foi preso diversas vezes. Em 1942, escreveu seu prmeiro texto: O Condenado à Morte. Foi protegido e amigo pessoal de Jean Cocteau e Sartre. Em 1964, com o suicídio de seu companheiro Abdalla, decidiu abandonar a literatura e engajou-se nas causas dos Panteras Negras e da Palestina. Em 1985, após um afastamento de 20 anos da atividade literária, entregou a seu editor o manuscrityo Um Cativo Apaixonado. O livro é feito de fragmentos e impressões em que se misturam realidade, fantasia e impresões estéticas. Quem estiver procurando um livro sobre política, vai encontrar mais um relato poético do povo do Oriente Médio. "Sendo impossível citar todos os nomes, e a ficção sendo também intolerável, pode-se contentar com uma curta digressão." Jeaan Genet
Tendências de verão se repetem no inverno tropical
Os vestidos estão consagrados em todos os tipos e formatos.No Rio, mais curtos imposivel. Lembrei da micro saia que tinha por baixo uma calcinha do mesmo tecido, só mesmo nos anos 70. Mas vale tudo, saias de todos os comprimentos, minis, longas e no joelho.Os vestidos são esculturais, ajustados drapeados,godês, ajustados, arredondados. Alfaiataria com paletós bem ajustados na cintura, calças bem curtas, muito justas, ou as confortaveis larguinhas. Macacão que não pegou muito no verão. leggings, curinca para tudo. De novo Ankle boats. Feltro sai lá da peças infantis dos anos 50, mas é pouco usável. Xadres já é vedete há muito tempo, agora voltam os tartãs que nosas avós adroavam e é muito chic, em produções com camisaria branca. Sintéticos vem com Ciré, dos "embalos de sábado a noite". Muito cetim, que até há alguns anos era uma cafomice que imitava seda. Tricôs gigantes, "espero que faça frio",pois são lindos. Os aspectos em evidência são detalhes nos ombros,barras assimétricas. pedrarias, efeito lingerie, franjas, os já cansativos paetes lamês.
Valem também ziperes e tachas. A cartela de cores mais usada teve off white, beges, tons militares, cinza, preto, rosados, azul, roxo, vermelho cereja e amarelo.Vale a pena dar uma revisada no closed, comprar peças mais clássicas, meias coloridas, cachecol, um bom tricô, uma fusô nova e acessórios bacanas. Assim você estará na moda com poucas peças e muito glamour.
Cristina Ávila
NOVAS ESTAMPAS
Sérgio Luz e Cristina Ávila desenvolvem novo habitat para libélulas
DESCOLADOS, A MODA DA JUVENTUDE - por Marcos Pessoa
O estilo irreverente e despojado dos jovens de hoje se vestirem é na maioria das vezes estranho aos olhos mais conservadores. Vamos entender um pouco a historia e o “porquê” dessa mudança que assola não só os grandes centros urbanos como também os jovens de todas as regiões. A partir dos anos 60, houve uma grande revolução mundial no comportamento jovem, ninguém mais queria ouvir as mesmas músicas, assistir aos mesmos filmes e aceitar os valores do mundo que herdaram de uma sociedade taxada de careta e retrógrada. Os jovens dessa época não pretendiam se parecer com seus pais. Toda essa rebeldia foi simbolizada pelas jaquetas de couro, as calças jeans e os topetes feitos à custa de muita brilhantina, ao estilo dos ícones da juventude transviada dos anos 50. Mas isso nem de longe se comparava ao impacto que a minissaia teria nessa época; símbolo de uma verdadeira revolução comportamental, ela foi adotada pelas jovens em todo o mundo, que aspiravam pelo desejo feminino de liberdade. Já nos 70, a atitude contestatória se repetiu na segunda metade da década com o comportamento do movimento hippie. Eles pregavam fazer tudo exatamente ao contrário do que a consumista e conservadora sociedade fazia: usar bata, jeans e chinelos, no lugar do terno e gravata; deixar os cabelos compridos, ao invés do corte militar imposto aos jovens obrigados a se alistar no exército; fazer sexo livremente, quando ele só era permitido dentro do casamento e entre indivíduos de sexos opostos; pregar a paz, em uma época que só se promovia a guerra; e usar cores, muitas cores em tudo, ao contrário dos tons apagados que envolviam o mundo. Daí surgiu a moda psicodélica lançada pelos hippies e espalhada pelo mundo. As garotas circulavam com looks inspirados nas viagens espaciais, com roupas curtíssimas metalizadas. Já os rapazes usavam paletós sem colarinho, blusas com gola rolê e cabelos com franjas enormes inspiradas no visual dos Beatles. Da década de 80 até nos dias atuais, as mudanças foram mais rápidas que o próprio tempo, a ascensão do rock, das tribos urbanas e das manifestações de grandes movimentos culturais como os novos ritmos musicais bem como a internet e os variados meios de comunicação, foram ícones marcantes para o “boom” da globalização das mudanças de pensamento, comportamento e do modo de se vestir dos jovens de hoje. O maior desfile de roupas e de estilos não está restrito as passarelas. Ele, pelo contrário, pode ser visto por qualquer, um nas próprias ruas da cidade. As pessoas consomem a moda, traduzindo-a para o seu mundo, e usando a mesma do seu jeito, tornando-a mais interessante e pessoal. Assim sendo pode se considerar inteiramente possível, criar idéias e fazer pesquisas de moda no dia-a-dia, apenas olhando para os lados ao andar pelas ruas. A palavra chave na moda atual é personalizar, como? Misturando marcas, estilos, texturas, ou seja, roupas caras com baratas, roupas de festa com roupas esportivas, peças de lã com outras bem leves, e assim por diante. Não se trata de um passaporte para o vale-tudo. É preciso muita segurança e bom senso para essa aventura. É um exercício de liberdade e autoconfiança que poucas pessoas vão conseguir entender e, menos ainda, copiar. Mas vale a pena prestar atenção: está aí um aceno na direção ao lado bom da individualidade: o que contempla a criatividade e a expressão da própria personalidade. Creio que o principal desafio reside em que cada um encontre o seu próprio estilo, a sua própria originalidade e se sinta bem consigo próprio e com a sociedade em que vive. A moda é um fenômeno social com grande influência principalmente na camada jovem, que muitas vezes busca através dela, semelhança, aceitação e inserção na tribo em que mais simpatiza As roupas e as atitudes falam até mais que as palavras, moda é comunicação. É pura linguagem! Através da roupas você traduz seu humor, sua personalidade e seus sentimentos. A liberdade de expressão da atualidade facilitou para que fizéssemos da indumentária um meio de mostrarmos o que realmente somos e em qual mundo pertencemos, nossos gostos e ideologias. Toda essa tradução na maioria das vezes é feita de forma inconsciente, sem que saibamos disso. Em meio a uma sociedade menos desprovida de tabus e preconceitos, a juventude conquistou a autonomia de fazer sua própria moda e de ter seu próprio estilo, independente do que é ditado pelas grandes griffes internacionas. O importante para essa garotada é fazer do mundo de suas mudanças e se sentirem bem! Terno e tênis, scarpin e malha e o velho jeans em qualquer ocasião, são misturas e mesclas que fazem da moda algo mais que a indumentária nua e crua e sim uma forma lúdica e transparente de se mostrar o que é!
Short com meia, tendência mais vista nas grandes capitais do mundo.
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