Minissaia

A inglesa Mary Quant e o francês Andre Courrèges compartilham a autoria da criação da minissaia nos anos 60. Courrèges lançou o novo comprimento em roupas de alta costura e Quant, na moda do prét-à-porter. A minissaia foi a grande revolução da moda feminina na década de 60. O comprimento era cada vez mais curto, para Dior 12 cm acima do joelho, para Ungaro 15 cm acima do joelho e para Courrèges 20 cm acima do joelho. As saias ficaram tão curtas que foram chamadas no Brasil de microssaias. O Vaticano condenou o seu uso em 1967 sem nenhum sucesso. Nos anos 70 foi substituída pelos comprimentos midi e max. Na virada do século começam a reaparecer e a partir de 2004 emplacam na moda nacional e internacional, principalmente com babadinhos ou pregueadas.

T-shirt

T-shirt significa camisa em forma de “T” em inglês e tornou-se um dos itens principais do guarda-roupa de homens, mulheres e crianças contemporâneas. A t-shirt de malha branca foi criada inicialmente para atender os soldados americanos durante a Segunda Guerra Mundial. A partir de 1945, ao ser colocada à venda no mercado, obteve um sucesso imediato, graças aos soldados americanos, que foram considerados heróis e apareceram em inúmeras fotos usando as camisetas. A t-shirt trás uma sensação de limpeza e sensualidade sem nenhuma vulgaridade. Coloca ricos e pobres no mesmo nível, é democrática. Tornou-se também excelente meio de comunicação. Por meio de desenhos slogans ou fotos e por serem extremamente baratas, permitem sua utilização para campanhas políticas, publicitárias e mensagens, através do processo do silk scream. A partir dos anos 80, por influência punk, começaram a ser customizadas, rasgadas e decoradas com alfinetes e ossos de galinhas. Os ícones que ajudaram a eternizar a camiseta branca foram Marlon Brando, em uma foto clicada por John Engstead, em 1951 e o ator James Dean, ambos identificados como rebeldes e problemáticos.

Psicodelismo

O psicodelismo surgiu no final dos anos 60, decorrente do uso de drogas psicodélicas como o LSD, o ácido lisérgico. A palavra é originada do grego psyco, que significa “mente”, e deloun, que significa “revelar”. Segundo os usuários, durante as viagens viam formas ricas em cores, luzes e ruídos. A tentativa de repassar essa atmosfera para a arte levou a criação do termo psicodelismo. A moda absorveu a idéia na época e usou as cores de forma psicodélicas, principalmente nas estampas das roupas, camisetas e acessórios. A onda do retorno ao visual hippye levou muitos estilistas contemporâneos a se voltar para as estampas psicodélicas.

Pretinho básico

Assim é chamado uma das peças curinga do gurda-roupa das mulheres dos séculos XX e XXI. Entre os pretinhos mais famosos da moda estão: o modelo de Gabriele Chanel, em 1926 e o pretinho criado por Givenchy e usado pela atriz Audrey Hapburn no filme “Breakfast at Tiffany's”, de 1961. Nos anos 80 ganharam grande notoriedade pois a moda pedia o uso de bijuterias e acessórios em grande quantidade. Continua até hoje uma peça chave, fashion e fácil de acertar no modelito sem cometer gafes.

Nerd

Palavra de origem inglesa usada para fazer referência a um tipo de aluno aplicado e não muito ligado aos esportes desde os anos 50. Mais tarde, o termo se difundiu e, na moda, passou a designar uma forma de se vestir tradicional, em que são previstos paletós quadriculados ou lisos, óculos de grau, camisas sociais com gravatas e sapatos de amarrar ou mocassins. Em 1984, com a comédia “The Revenge of the Nerds”, os chamados nerds ganharam mais status devido a sua maior “capacidade intelectual e a dedicação aos estudos”. Muitos consideram o americano Bill gates, da Microsoft, um típico nerd de sucesso. Mas o termo pegou e é usado como uma gíria de conotação pejorativa até mesmo no Brasil. Na moda passou a designar não apenas o rapaz arrumadinho, mas principalmente, rapazes e moças que não têm bom gosto e não sabem combinar muito bem o que usam.

Fauvismo ou fovismo

Em 1905, no salão de outono de Paris, alguns artistas foram chamados de fauves – selvagens – em virtude com que usavam as cores escuras, sem misturá-las. A partir daí, o nome fauvismo passou ad designar um movimento na pintura que utiliza cores vibrantes e o livre tratamento da forma na representação do mundo. Enry Matisse, Raul Dufy e Andre Berran estão entre os seus principais representantes. A liberdade no uso da cor pelos fauvistas influenciou a tecelagem e a moda, principalmente o grande estilista da época Paul Poiret.

Étnico

Refere-se ao estilo ligado aos aspectos culturais de uma raça ou povo. Na moda surge a partir da inspiração em países ou povos de grande expressão visual e artística, como os indianos, indígenas e africanos. As estampas e as bijuterias étnicas reinterpretam culturas, trazendo influências de traços, desenhos, manifestações artísticas e artesanais de vários povos.

Clean

Palavra inglesa que significa “limpo” e que, no final dos anos 80, tornou-se sinônimo de um estilo que propunha o uso de roupas com corte mais simples e sem muitos detalhes. O estilo clean fazia parte da cultura minimalista que se instalou na moda e na decoração a partir do final daquela década e entrou pelos anos 90, seguindo sempre a máxima de que o menos era mais. O americano Calvin Klein foi um dos estilistas que mais difundiram o clean na moda.

Barbie

Nome da boneca de 29cm, criada por Ruth Handler, em 1959, e que se tornou símbolo de mulher magra e extremamente vaidosa. Inicialmente chamava-se Barbara, já foi vendida com inúmeras opções de roupas, acessórios, tipos físicos e carros. A boneca, dirigida ao público infantil, tornou-se um ícone do mundo da moda, tendo sido vestida por inúmeros estilistas como o italiano Giorgio Armani. Variada coleção de roupas e acessórios invadiu o mundo do Japão ao Brasil.

Bandana

A palavra “bandana”, presumivelmente, surgiu de bandhna e bandha, vocábulos que significam amarrar em sânscrito. Na Índia a palavra bandhni refere-se aos tecidos que sofreram processo de tie-dye. No ocidente as bandanas sempre funcionaram como lenços. No século XIX, os ingleses utilizavam-nas para limpezas de seus óculos ou bigodes. No s EUA, elas faziam parte da indumentária dos cowboys do oeste, que costumavam levá-las amarradas no pescoço. Os hippyes, dos anos 60, as popularizaram com a padronagem cashmere. Cazuza, inúmeros roqueiros e o personagem Rambo fortaleceram o uso desses lenços estampados no século XX. No final dos anos 70 e início dos anos 80, foi código gay usado nos bolsos traseiros dos jeans. Enfeite atemporal continuam sendo usados no século XXI, cobrindo cabeças, enfeitando pescoços e punhos ou servindo de inspiração para estampas como a do short masculino da marca italiana Gutti. Em Londres, a Teen Age Cancer Trust, tem a bandana como seu símbolo, ajuda jovens com cancer e conta com apoio de estilistas internacionais como Sônia Rykyel e Stella McCartney na criação de estampas para a entidade.