domingo, 19 de outubro de 2008

Saia balonê

Lançada depois da segunda guerra mundial, com o nome de saia balão, era uma saia ampla, franzida na cintura e costurada de forma a se curvar em direção aos joelhos, onde era presa por uma tira circular na bainha. Nos anos 80, foi adaptada por Christian Lacroix. É uma saia curta e ampla com um repuxão na parte de trás, que acentua o efeito abaulado. Há três coleções a parecem nos desfiles brasileiros, tendo emplacado neste verão (2008).

Roupas musicais

Iê-iê-iê - do refrão dos Beatles Yah-yah-yah. O termo era usado para descrever as roupas do início da década de 60 usadas na Inglaterra. No Brasil, Roberto Carlos e a turma do iê iê iê lançam a marca de roupas em denin colorido chamada calhambeque, inspirada no hit do momento. “Meu calhambeque bibi...” Hoje item de colecionador.

Op Arte

A Op Arte surgiu na década de 20, buscando influenciar ou criar a ilusão óptica. Entrou na moda, com padronagem de tecidos na década de 60, quando o confeccionista americano Larry Aldrich encomendou ao desenhista Julian Tonchin uma coleção de estamparia inspirada em pinturas de Bridget Riley. Os círculos, espirais e quadrados resultantes são dispostos de forma a criar ilusão óptica.

Punk

O estilo punk original apareceu em Londres no final da década de 70, entre adolescentes marginalmente empregados ou desempregados da classe trabalhadora. O cabelo era cortado rente em tufos e tingido de cores surpreendentes e artificiais: amarelo descorado, vermelho, verde, laranja ou roxo. Os rostos eram dramaticamente maquiados. Usavam jaquetas de couro pretas com zíperes supérfluos; as camisetas continham palavras vulgares e desenhos violentos. Alfinetes na orelha sugeriam pedir socorro por maus tratos ou carência infantil. A moda roubou a cena punk e esvaziou seu conceito, lançando toda a espécie de quinquilharias, desde jóias caras até objetos baratos de camelôs. O visual se espalhou. A primeira estilista a usar o tema foi Viviene Westwood, que durante o final da década de 60 abriu uma boutique na King's Road – Londres, com o tema, o que atraiu muita atenção. Suas idéias foram muito copiadas, desde a alta costura até a diluição através de lojas de departamento por todo lado.

Modinha

Termo usado para designar uma moda própria para adolescentes sem conceito definido, baseado no que se usa entre os astros momentâneos que aparecem em seriados e musicais juvenis. Como o período adolescente é uma fase de identificação grupal, esta moda se torna quase um uniforme com itens repetitivos fundamentais como bonés, camisetas com brilho, cortes de cabelo, cor de esmalte, comprimento de saia, marca de jeans, tudo tem que ser o mesmo – com forte apelo publicitário e variação rápida. O termo vem de “mod” que apareceu no Reino Unido, no final da década de 50 e início da década de 60, justamente para designar o estilo seguido por adolescentes fãs de lambretas e de rock and roll. Todos vestiam camisetas, jeans e topetes para o horror dos pais.

Cintura baixa

A famosa calça baixa que briga em preferência pelas fashionistas com o lançamento das calças na cintura ou até mais altas foi criada na década de 60. Chamada de Saint-Tropez, seu corte era feito de forma que a peça ficasse justa nos quadris, deixando a barriga de fora. Na época o charme era prendê-la com um cinto grande, largo e solto caído pelo quadril ou uma faixa étnica.
http://blog.scudeto.com/2008/04/25/3350/

O tempo e a moda

Em “Taste and fashion”, um dos melhores livros escritos sobre a maneira de vestir, o saudoso James Laver propôs uma tabela para explicar o sentimento real em relação ao uso da moda. Essa tabela ficou conhecida como “lei Laver”. Segundo o autor a mesma roupa será:
Indecente – 10 anos antes de seu tempo
Desavergonhada – 5 anos antes de seu tempo
Ousada – 1 ano anos antes de seu tempo
Elegante – em seu tempo
Fora de moda – 1 ano depois de seu tempo
Medonha – 10 anos depois de seu tempo
Ridícula – 20 anos depois de seu tempo
Curiosa – 50 anos depois de seu tempo
Romântica – 100 anos depois de seu tempo
Linda – 150 anos depois de seu tempo

Chica da Silva

No século XVIII, consta que a negra Chica da Silva, amante do Contratador de diamantes de Minas Gerais, desfila por Diamantina roupas de renda, tecidos adamascados, caudas, corpetes de veludo, adereços em forma de rosas, babados, jóias de ouro, diamantes e pedras preciosas em seu carrinho de aruá, comprovando o enriquecimento fácil e o luxo das mulheres dos ricos funcionários públicos portugueses que viviam nas Gerais.

O primeiro documento sobre moda no Brasil

O primeiro documento sobre moda no Brasil foi encontrado em Portugal e está na minha tese de doutorado "A palavra no espelho". Trata-se de um discurso moralista do sermonista Joseph de Araújo Lima pronunciado na catedral de Mariana, em Minas Gerais, no ano de 1748. O sermonista critica o enriquecimento fácil que leva o fiel a transgredir as leis de Deus, especialmente pela vaidade, a moda e a luxúria: "Como se conformam com o Divino Senhor os ricos? É por ventura nos seus bordados, galões, rendas, lavores de suas custosas galas, porque tudo é moda?"

Criações Critina Ávila

Criações Critina Ávila
Calça de moleton skin

Vestido de malha manga longa

Vestido preguinhas de tricoline

Vestido de coquetel de tafetá