domingo, 3 de maio de 2009

Hélio Oiticica e a arte para vestir

Hélio Oiticica foi um dos criadores brasileiros que mais esteve sintonizado com a efervescência artística mundial das décadas de 50, 60 e 70 do século XX. Hoje é um nome planetário cuja importância não se restringe à arte brasileira. Oiticica rompeu com as arestas do quadro em 1960. Seu objetivo, segundo os críticos, era fugir da parede e criar uma arte que transformasse as pessoas. Sua grande sacada se deu nos anos de vigor descomunal da década de 60 e, a partir de 1964, Oiticica passou a vestir a pessoa com suas obras de arte. Chamou-as de roupas "Parangolés" e transformou o espectador, tão acostumado ao papel passivo de assitir ao criador, em suporte artístico. Essas roupas, Oiticica usou para vestir seus amigos da Mangueira. Estes colaboradores de sua arte sambavam e assim criavam múltiplas formas arquitetônicas, dobráveis, momentâneas ou temporárias no ar. Dessa maneira o artista brasileiro criou espaços de libertação tal qual o alemão Joseph Beuys. Hoje os estilistas buscam formas de associar tecidos à arte arquitetando dobraduras que se estruturam, buscando formas mutantes ao andar. Muito antes um brasileiro fazia com tecidos uma arte performática que só, dada a distância do tempo, é possível colocar sua obra na perspectiva da história da arte, não como uma resistência acadêmica, mas como uma verdadeira invenção.

Um comentário:

  1. Sou estudante e o blog tem me ajudado muito, parabéns pelas pílulas.

    ResponderExcluir

Criações Critina Ávila

Criações Critina Ávila
Calça de moleton skin

Vestido de malha manga longa

Vestido preguinhas de tricoline

Vestido de coquetel de tafetá